domingo, 26 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

mico

hoje eu não faço nada

Neste post não vou falar do inicio frustrado do Vasco diante do Nacional do Uruguai na Libertadores ,do choro do Neymar no Paulistão ou do personagem da Leticia Sabatella em as Brasileiras. Não falarei da queda da Danielle Winits e do Thiago Fragoso, tampouco da Val Marchiori no Mulheres Ricas ou do programa da Jennifer Lopez no Brasil.
Este post é só um tampão, porque não conseguirei postar nada de mais hoje, afinal é sábado.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

pipa

Uruguachos


A última da série.
 Eu deveria contar um pouco de quem é cada uruguaio desenhado. Darei uma corrigida nas postagens anteriores, mas pra começar digo que esta senhora estava sentada em um conjunto residência próximo ao centro junto com outras senhoras curtindo um cigarro e a tranquila tarde de domingo em Montevideo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

morto - uma casa

Chegou diante do portão de meia altura e chamou Miriam. Ela surgiu na porta e olhou paralisada. Buscou alguma coisa que fizesse sentido, mas não conseguia encontrar.
_Oi Miriam_ disse Edson.
_Meu Deus! Pensei que estivesse morto...
_Estava. Mas agora não estou mais.
Miriam continuou olhando, olhando, olhando para qualquer coisa, olhando sem ver. Edson respondia com o mesmo cuidado aquele olhar desocupado. Ainda era manhã, e não acontecia nenhum evento além daquele encontro.
Edson pediu para entrar, Miriam consentiu com a cabeça. O portão abriu sem a exigência de chaves. João subiu os poucos degraus que o separavam da entrada sem relógio. Parou diante de Miriam, a olhou nos olhos e entrou na casa, ela foi atrás.
A casa não era grande, parecia que era distribuída em dois quartos uma sala e cozinha, as paredes eram precisamente brancas e os moveis eram suficientemente distribuídos, uma porta no fundo da moradia sugeria um jardim posterior, reforçado pelo verde que refletia vidraça translúcida. Apesar da economia de ambientes, o espaço parecia atender as necessidades de uma família enxuta.
_Faz tempo que mora aqui?
_Mais ou menos. Três ou quatro meses depois que você morreu.
_E por que vendeu a nossa casa.
_Por que eu não tinha mais interesse de ficar lá e precisava do dinheiro. Mas peguei parte do que recebi a sua mãe.
Edson sentiu um cheiro.
_Mamãe não mora aqui?
_Não.
_Quem mora então?_
Miriam molhou os lábios e respondeu.
_Moro eu, Rubinho e Carlos.
Mas sua voz saiu tão enrugada que quase ninguém entendeu a resposta. Edson parecia pouco interessado.
_Bonita esta casa.
Miriam agradeceu e fechou a conversa em favor de um longo silêncio. Os dois ficaram se olhando sem ter muito mais o que fazer.
_Quer café?
_Com um pouco de leite por favor.
Ela se levantou e foi espanando até a cozinha. Edson não acompanhou, estava encantado com a janela. Um belo jardim se desenrolava atrás da casa, cheio de galhos, sulcos, veios, verdes e marrons. Era tudo muito mais do que Edson conseguia lembrar, parecia que tudo era repleot de sabor. Miriam chegou com o café amargo. Edson debruça sua boca sobre a bebida. O problema do café é que eles nos deixa acordado e infla nossa cabeça de idéias, corrompendo todo o silencio. Aquela casa era muito melhor da casa que ele tinha, Miriam parecia mais tranqüila do que nunca, e o café era demasiado amargo.
_e agora pra onde eu vou?
Miriam juntou os ombros e sentenciou.
_Eu não sei.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Casulo

Estávamos todos ali vendo a TV, inclusive ela, que há tanto anos vivia angustiada sem saber pelo que esperar.

Era calada e eu pouco sabia qual era sua serventia.

Estávamos ali assistindo pacientemente.Quando de repente uma barata saiu de um buraco da parede e foi serpenteando até chegar ao lado dela e se debruçou sobre seu ouvido.

Pensei que ela gritaria, mas para o meu espanto ela ficou atenta ao que dizia a barata.

O que o inseto disse? Eu não sei, mas até hoje eu quero saber, porque ela começou a rir sem parar.
Ria continuamente sem contenção alguma.

Riu tanto que alguma começou sair de dentro de si, foi saindo, saindo, e quando percebemos pudemos ver que ela tinha enormes asas coloridas, e sem perder o bom humor abriu a janela e foi voando e nunca mais voltou.