domingo, 4 de março de 2012

devolvido!


Ela não sorriu pra mais nenhuma de minhas mentiras. Apagou todos os livros, rasgou todas os poemas, limpou todos os copos, deu todas as roupas, acendeu uma vela, e saiu sem deixar pegadas.

Demorei pra entender o que tinha acontecido, nada parecia tão errado assim, por isso continuei procurando um cheiro seu por entre as cortinas, carpetes e tapetes, mas encontrei nada que fosse seu.

Era impossível! Não havia sido tão grave assim. Continuei perguntando aos amigos, aos padrinhos, aos motoristas, aos padeiros. Entretanto ela já havia deixado todos os favores acertados, todas as contas fechadas, todos os cafés devolvidos.

Era algo muito estranho, tão estranho que me pareceu normal escrever uma carta assinada por ela.

Um belo dia a correspondência chega. Como era de se esperar ela dizia que me amava, que era louca por mim, que entendia que tudo que eu fazia era por amor, e finalmente disse que nunca me abandonaria.
Sorri satisfeito e continuei com ela ao meu lado e até o presente momento somos felizes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário